terça-feira, 20 de agosto de 2013

Concepções e alertas sobre Formação Continuada de Professores: apontamentos de leitura



Por Ernaldina Sousa Silva Rodrigues

Roseli  P. Schnetzler é bacharel e licenciada em Química pela USP, mestre em Educação pela UNICAMP e doutora em Educação Química pela Universidade de East Anglia, Inglaterra. É docente no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP).

Roseli escreveu o artigo Concepções e alertas sobre Formação Continuada de Professores de Química visando discutir concepções e alertas sobre Formação Continuada de professores de Química. No artigo, a autora destaca três razões para incentivar ações e programas de formação continuada (FC) para o desenvolvimento profissional dos professores de Química: contínuo aprimoramento profissional do professor no contexto de trabalho;  superação do distanciamento entre pesquisa sobre Educação em Química e sua utilização no ensino e na aprendizagem;  danos e lacunas da formação inicial do futuro professor de Química.

Aponta as razões para a pouca efetividade das ações de FC nos cursos de reciclagens e capacitação docente: o conteúdo dos cursos não tem relação com os problemas vivenciados pelos professores; os cursos não são contínuos e o professor não socializa o que apreendeu no curso; os cursos são realizados fora da escola; e os professores são obrigados a participarem desses cursos.

Apresenta as condições essenciais na formação continuada, entendida como direito dos professores: FC depende das necessidades dos participantes; FC deve promover a constituição de grupos de professores; definir tempo livre e remunerado para reuniões; programa centrado nos problemas da prática docente apontados pelos professores; necessidade da FC propiciar o aprendizado da profissionalização na ação docente, com o outro; programa de FC deve ter equilíbrio entre necessidades formativas individuais e coletivas.

Aponta alguns alertas sobre as bandeiras do professor reflexivo ou do professor pesquisador de sua própria prática, sobre a parceria entre professores da educação básica e professores universitários e sobre a escola como local da FC. Ressalta a organização das ações  de FC a partir dos problemas vivenciados pelo professor.

Aborda e discute o papel do formador em um programa de FC baseado em uma parceria colaborativa entre professores de educação básica e professores universitários, destacando as possíveis contribuições desses colaboradores.

Assim, analisa quatro parcerias publicadas na Revista Química Nova na Escola e evidencia os problemas de Ensino de Química abordados, os temas discutidos pelos participantes, a participação do professor universitário e os principais resultados obtidos.

O artigo discute algumas concepções e alertas sobre FC de professores de Química e nos ajuda a pensar a FC de forma ampla, centrada nas situações vivenciadas e apontadas pelos professores no seu local de trabalho.  A formação continuada perpassa toda a vida profissional do professor. Para que essa FC tenha efeito, há necessidade de que o professor tenha interesse em participar do processo, tenha iniciativa e esteja disposto a compartilhar os seus problemas, questionamentos e angústias com seus pares. Ao mesmo tempo, a escola, a equipe de gestão e coordenação precisam promover a abertura desse espaço de discussão, a fim de possibilitar esse entrosamento e socialização, além de acreditar no potencial do professor como agente capaz de produção de saberes. A escola pode e deve buscar parceria da universidade no sentido de viabilizar  contribuições para a FC tendo como foco o professor.

O artigo corrobora de forma significativa com as discussões da FC de professores.

Referência

SCHNETZLER, Roseli P. Concepções e alertas sobre Formação Continuada de Professores de Química. Química Nova na Escola, N 16, novembro, 2002.

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