O que falta nesta cidade? ........ verdade.
O que mais por sua desonra? ......Honra.
Falta mais que se lhe ponha? ......Vergonha.
O demo a viver se exponha.
Por mais que a fama a exalta.
Numa cidade onde falta.
Verdade, honra, vergonha.
Quem a pôs neste socrócio?..........Negócio
Quem causa tal perdição?.............Ambição
E o maior desta loucura?...............Usura.
Notável desventurade um povo néscio, e sandeu,
que não sabe, que o perdeu
Negócio, Ambição, Usura.
E que justiça a resguarda? ......bastarda.
É grátis, distribuída? ..............vendida.
Que tem, que a todos assusta? ...injusta.
Valha-nos Deus, o que custa
O que El-Rei nos dá de graça,
Que anda a justiça na praça
Bastarda, vendida, injusta?
O açúcar já se acabou? ....baixou.
E o dinheiro se extinguiu? ... subiu.
Logo já convalesceu? ..... morreu.
À Bahia aconteceu
O que a um doente acontece,
Cai na cama, o mal lhe cresce,
Baixou, subiu, morreu.
A Câmara não acode? ......não pode.
Pois não tem todo poder? ....não quer.
É que o governo a convence? .... não vence.
Quem haverá que tal pense,
Que uma Câmara tão nobre,
Por ver-se mísera e pobre,
Não pode, não quer, não vence?
(Gregório de Matos Guerra)
O que mais por sua desonra? ......Honra.
Falta mais que se lhe ponha? ......Vergonha.
O demo a viver se exponha.
Por mais que a fama a exalta.
Numa cidade onde falta.
Verdade, honra, vergonha.
Quem a pôs neste socrócio?..........Negócio
Quem causa tal perdição?.............Ambição
E o maior desta loucura?...............Usura.
Notável desventurade um povo néscio, e sandeu,
que não sabe, que o perdeu
Negócio, Ambição, Usura.
E que justiça a resguarda? ......bastarda.
É grátis, distribuída? ..............vendida.
Que tem, que a todos assusta? ...injusta.
Valha-nos Deus, o que custa
O que El-Rei nos dá de graça,
Que anda a justiça na praça
Bastarda, vendida, injusta?
O açúcar já se acabou? ....baixou.
E o dinheiro se extinguiu? ... subiu.
Logo já convalesceu? ..... morreu.
À Bahia aconteceu
O que a um doente acontece,
Cai na cama, o mal lhe cresce,
Baixou, subiu, morreu.
A Câmara não acode? ......não pode.
Pois não tem todo poder? ....não quer.
É que o governo a convence? .... não vence.
Quem haverá que tal pense,
Que uma Câmara tão nobre,
Por ver-se mísera e pobre,
Não pode, não quer, não vence?
(Gregório de Matos Guerra)
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