quarta-feira, 30 de julho de 2014

Organização do tempo no trabalho: dicas



Saber utilizar o tempo a seu favor é um grande diferencial para os profissionais, independentemente da área de atuação, segundo o diretor-executivo da Innovia Training & Consulting, Ricardo Barbosa.
Para ser mais produtivo, ele recomenda que o profissional separe suas atividades em: crises (importante e urgente), urgências (urgente, mas não importante), planejamento (importante, mas não urgente) e rotina (nem importante nem urgente).
"São grandes os resultados que se têm com a capacidade de organizar bem o tempo de serviço, produzindo adequadamente dentro do horário de trabalho, evitando horas extras e dando os retornos necessários."
Segundo o executivo, o profissional que estabelece uma boa relação com o tempo terá muito mais horas disponíveis para sua vida pessoal. "Só pensar no trabalho não é bom, pois isso afeta diretamente a nossa saúde, família e qualidade de vida. Quando planejamos nossas atividades, conseguimos ser produtivos", diz Barbosa.
Dicas para organizar o tempo no trabalho
  • Evite ficar sempre conectado
Liberte-se dos elementos que tiram o foco do trabalho como chats, redes sociais, skype, messengers etc. Reserve um momento no seu dia para cuidar dos seus e-mails e relacionamentos, mas não permaneça 100% do tempo conectado
  • Organize suas ações
Faça uma lista de todas as tarefas do dia e ordene suas realizações. Ficar preocupado com muitas coisas faz com que não realizemos nenhuma ação adequadamente
  • Faça hoje
Por mais que seja convidativo, o adiamento das tarefas gera acúmulo de trabalho. Pode parecer que não haverá problemas, mas tenha certeza de que o resultado não será positivo. Assim, evite deixar para amanhã o que se pode fazer hoje
  • Evite a sobrecarga de trabalho
Muitos profissionais acumulam obrigações e querem resolver tudo para parecerem produtivos. Saiba que cada um tem seu escopo de trabalho e é pago para isso. Assim, priorize seu objetivo final
  • Deixe problemas pessoais em casa
Evite que os problemas pessoais interfiram nos resultados do trabalho. A falta de concentração na tarefa em execução pode levar ao trabalho dobrado ou a prejuízos muito maiores
  • Descanse
Nenhum profissional é produtivo 100% do seu tempo, e cada vez mais precisamos exercer o ócio criativo para termos relações de trabalho balanceadas.
 
Fonte: Uol, São Paulo. Especialista aponta seis dicas para organizar o tempo no trabalho.<http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/economia/2014/07/09/especialista-revela-seis-dicas-para-organizar-o-tempo-no-trabalho.htm>.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Violência simbólica no trabalho: reflexões

Por Ernaldina Sousa Silva Rodrigues

Uma das questões que se coloca nas relações entre as pessoas é o respeito às diferenças. Dessa forma, às vezes, em alguns espaços de trabalho, são “comuns” ações de violência simbólica entre colegas que envolvem, muitas vezes, a honra, a personalidade e a intimidade. Esse tipo de violência configura-se por agressões morais.  Sendo assim, essas ações não podem passar despercebidas sem uma reflexão sobre suas consequências. 

O Código Penal, no seu Capítulo V, elenca a calúnia, a injúria e a difamação como crimes contra a honra. Mas, qual a diferença entre essas três espécies de crime?
a)      Calúnia
“Art. 138 – Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime.”  Exemplo: “Foi Fulana quem roubou o supermercado da esquina ontem”. Ou seja, atribuir a uma pessoa uma conduta definida.

b)     Difamação
“Art. 139 – Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação”. Exemplo: “Fulano gosta de manter relações com seus primos”. Nesse caso, atribuiu-se a uma pessoa determinada conduta que mancha a sua honra perante a sociedade.  

c)      Injúria
“Art. 140 -  Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro.” Exemplo: “Beltrana é a mulher mais feia que já vi na vida.”  Por sua vez, esse caso imputa-se ao ofendido uma conduta que lhe ofende a própria honra subjetiva. Atribui a uma pessoa qualidade negativa.
Segundo o Código Penal, todos esses crimes preveem pena de detenção e/ou multa. Essas penas podem aumentar se os crimes forem cometidos, por exemplo: a) “contra funcionário público, em razão de suas funções”. (Art. 141, II); b) “na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação de calúnia, da difamação ou da injúria”. (Art. 141, III). 

Além do exposto, o artigo 320, do mesmo código, trata da “condescendência criminosa”, quer dizer, complacência/perdão: Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente. 

Esses crimes são “comuns” nos interiores das instituições que frequentamos ou trabalhamos e passam “até” despercebidos; são tidos como uma “coisa normal”. Nada é normal até conhecermos de fato  do que se trata; de tomarmos conhecimento de nossos direitos e de sabermos que somos seres humanos e precisamos ser respeitados como tal. Esse respeito exige de nós uma postura ética no trabalho como forma de comportamento no meio social. 

O sentido que faço da ética inspira-se  na interpretação da filósofa e educadora Terezinha Rios. Ela diz que a ética não é algo que se ensina como Matemática, Português, História, etc (...). Ao ensinarem as diversas disciplinas, os professores e professoras revelam em suas atitudes, valores em que acreditam e que sustentam sua vida e seu trabalho (...). Sem a presença da ética, a escola se distanciará da realização de um trabalho sério e competente. Não somente a escola, mas todo espaço de trabalho  se distanciará da seriedade e da competência.  

Nesse sentido, precisamos estar atentos sobre ações de violência simbólica que possam vir a ocorrer no ambiente de trabalho. Assim, precisamos nos vigiar sobre o que falamos e com quem falamos, devendo tomar cuidado com as palavras que usamos, para não causar dano ofensivo que possa ferir a dignidade e a honra das pessoas. Segundo Victor Eduardo Gonçalves, a honra é o conjunto de atributos morais, físicos e intelectuais de uma pessoa, que a tornam merecedora de apreço no convívio social e que promovem a sua autoestima. 

Precisamos estar atentos à capacidade de dialogar com nossos pares de trabalho, estabelecendo o direito às diferenças de cada pessoa e ocupando-nos em canalizar as energias positivas.  

Por fim, convém citar o educador Paulo Freire quando diz que não podemos deixar, portanto, que a “raiva” que temos de uma pessoa se transforme em raivosidade, porque corre o risco de alongar-se em odiosidade: Por mais que me desagrade uma pessoa, não posso menosprezá-la com um discurso em que, cheio de mim mesmo, decreto sua incompetência absoluta. Discurso em que, cheio de mim mesmo, trato-o com desdém, do alto da minha falsa superioridade.


terça-feira, 15 de julho de 2014

Aprendizagem significativa: apontamentos de leitura

Por Ernaldina Sousa Silva Rodrigues

Construímos significados cada vez que somos capazes de estabelecer relações substantivas entre o que aprendemos e o que já conhecemos.
Em termos piagetianos, poderíamos dizer que construímos significados integrando ou assimilando o novo material de aprendizagem aos esquemas que já possuímos de compreensão da realidade. O que empresta um significado ao material de aprendizagem é precisamente a sua assimilação, a sua inserção nesses esquemas prévios. A construção de significados implica igualmente uma acomodação, uma diversificação, um enriquecimento, uma maior interconexão dos esquemas prévios. Ao relacionar o que já sabíamos com o que estamos aprendendo, os esquemas de ação e de conhecimentos adquirem novas potencialidades como fonte futura de atribuição de significados. Nem sempre a aprendizagem é significativa, ou seja, nem sempre dá lugar à construção de significados.
Antes de tudo, é necessário que o novo material de aprendizagem, o conteúdo que vamos aprender, seja potencialmente significativo, ou melhor, seja suscetível de dar lugar à construção de significados. Para isto, deve cumprir duas condições: uma intrínseca ao próprio conteúdo de aprendizagem e outra relativa ao aluno que vai aprendê-lo particularmente.
O conteúdo deve possuir certa estrutura interna, certa lógica intrínseca, um significado em si mesmo, potencialmente significativo, uma significância lógica. Deve ser apresentado de tal maneira que a significância lógica fique amplamente realçada. É necessário que o conteúdo seja potencialmente significativo do ponto de vista psicológico (significância psicológica). Além disso, é favorável para aprender significativamente. Essa atitude para a aprendizagem significativa faz referência a uma intencionalidade do aluno para selecionar o novo material de aprendizagem com o que já conhece, com os conhecimentos adquiridos previamente, com os significados já construídos. A intervenção do professor é fator determinante para despertar e incrementar a motivação do aluno para aprender significativamente.
A aprendizagem significativa de um conteúdo qualquer implica inevitavelmente uma memorização compreensiva ( e não mecânica) à sua situação ou armazenamento numa rede mais ou menos ampla de significados.
A ênfase da aprendizagem significativa reside na existência de conhecimentos prévios pertinentes para o conteúdo a aprender, que dependem, naturalmente, em parte, da aptidão intelectual do aluno, mas também, e, sobretudo, das experiências prévias de aprendizagem, tanto escolares como extraescolares. As significações que o aluno constrói a partir do que lhe é ensinado dependem dos conhecimentos prévios que possua, da sua colocação com o novo material de aprendizagem e do sentido que atribui a este e à própria atividade de aprendizagem. A origem da intencionalidade com a qual os alunos abordam as atividades de aprendizagem ou a origem do sentido que atribuem à sua participação nas mesmas e sobre os processos psicológicos que intervêm em sua formação, podem estar na maneira como o professor apresenta a tarefa e, sobretudo, a interpretação que o aluno faz disso. Essa interpretação tem um caráter dinâmico, não vem dada de uma vez por todas, mas é forjada e modificada no próprio decorrer da atividade de aprendizagem.
Então, o sentido que os alunos atribuem a uma tarefa escolar e, consequentemente, os significados que podem construir a respeito estão determinados por seus conhecimentos, habilidades, capacidades ou experiências prévias, pela complexa dinâmica de intercâmbios comunicativos que se estabelecem em múltiplos níveis entre os participantes, entre os próprios alunos, e, especialmente, entre o professor e os alunos. Mediante o jogo dos processos psicossociológicos presentes na situação de ensino, ou seja, o jogo das apresentações mútuas, das expectativas que são geradas, dos comportamentos a que estas dão lugar, do intercâmbio de informações, do estabelecimento mais ou menos explícito e de consenso das regras ou normas de atuação, vai-se definindo progressiva e conjuntamente o contexto em cujo âmbito o aluno atribui um sentido ao que faz e constrói alguns significados, isto é, realiza algumas aprendizagens com um determinado grau de significância.
Entende-se que a aprendizagem significativa é a aprendizagem que o aluno leva a cabo a partir de uma análise externa e objetiva do que e do como lhe ensinamos e as interpretações subjetivas que o próprio aluno constrói e esse respeito.
Diante dessas constatações, o ensino deve exercer uma influência direta sobre a aprendizagem dos alunos. Estes devem ter contato com os conteúdos de aprendizagem para que possam descobrir, inventar ou construir significados correspondentes etc. Compreender esse processo é entender que o conceito de aprendizagem significativa é potencialmente heurístico como instrumento de análise e de reflexão psicopedagógica. Além disso, é preciso ponderar que os significados que os alunos constroem no decurso das atividades escolares correspondem a conteúdos que em sua maior parte são, de fato, criações culturais. Com efeito, praticamente todos os conteúdos que a educação escolar tenta veicular são formas culturais que os professores e os alunos já encontram em boa parte elaborados e definidos antes de iniciar o processo educacional.
Nessa perspectiva, a construção do conhecimento é orientada a compartilhar significados e sentidos, enquanto o ensino é um conjunto de atividades sistemáticas mediante as quais professor e aluno chegam a compartilhar parcelas progressivamente mais amplas de significados com relação aos conteúdos do currículo escolar.

Referência:
COLL, César. Significado e sentido na aprendizagem escolar. Reflexões em torno do conceito de aprendizagem significativa. In:_______. Aprendizagem significativa e construção do conhecimento/César Coll; trad. Emília de Oliveira Dihel. – Porto Alegre: Artmed, 1994, p. 152-166.

sábado, 12 de julho de 2014

Benefícios das Bolsas do governo: uma reflexão

EU SOU MAIS UM VAGABUNDO.

Queria lhe dizer que eu sou mais um vagabundo que recebeu e recebe bolsa do governo. Em valores corrigidos e/ou equivalentes, minha vagabundagem é mais ou menos esta:

- 2 anos de Bolsa de Iniciação Científica (24 x 400,00 = 9.600,00).
- 2 anos de Bolsa de Aperfeiçoamento em Pesquisa (24 x 550,00 = 13.200,00).
- 2 anos de Bolsa de Mestrado (24 x 1.500,00 = 36.000,00).
- 2 anos de Bolsa de Doutorado no País (24 x 2.200,00 = 52.800,00).
- 2 anos de Taxa de Bancada de Doutorado no País (24 x 394,00 = 9.456,00).
- 1 ano de Bolsa de Doutorado Faperj Nota 10 (12 x 3.050,00 = 36.600,00).
- 1 ano de Bolsa de Doutorado no Exterior (13 x 4.160,00 (1.300 Euros) = 54.080,00), sim eles pagam uma mensalidade a mais para instalação.
- 2 anos de Bolsa de Produtividade em Pesquisa (24 x 1.100,00= 26.400,00).
- 3 anos de Bolsa Jovem Cientista - Faperj (36 x 2.100,00 = 75.600,00).

TOTAL DO QUE "MAMEI" NAS TETAS DO GOVERNO = 313.736,00.
Em 20 anos, são aproximadamente 1.307,24 por mês e, na verdade, nunca me chamaram de vagabundo. 

"Ah, mas era para você estudar!" 
O Bolsa Família exige que as crianças estejam matriculadas e frequentando a escola.

"Ah, mas foi um investimento para formar um pesquisador!"
O Bolsa Família vem diminuindo os níveis de analfabetismo. Criança que não lê e não termina o ensino fundamental, nunca poderá pensar em ser pesquisador.

"Ah, mas era para você gastar em pesquisa, gerar conhecimento!" 


Com exceção da Bolsa Jovem Cientista, eu nunca tive que comprovar em que gastei o dinheiro. Tive que apresentar os trabalhos finais (dissertação, tese, relatórios de pesquisa). Mas, eu poderia, inclusive, gastar com "sexo, drogas e rock'n roll", ao contrário do Bolsa Família que o cartão magnético não pode ser usado com cigarros, bebidas alcoólicas, entre outros itens. 

"Ah, mas você é um cara que tem consciência, soube aproveitar as oportunidades" .... [devo responder?] 

E para encerrar, nunca pediram minha caderneta de vacinação, ou seja, eu (e milhares de outros) pude receber as bolsas de estudo como um investimento para o país e se quisesse poderia lascar (para não falar palavra feia) com a minha saúde, o que seria um desperdício de dinheiro público.

CANSEI DE EXPLICAR QUE INVESTIMENTO QUE EXIGE COMO CONTRAPARTIDA MAIS EDUCAÇÃO E CUIDADO COM A SAÚDE DAS CRIANÇAS NÃO GERA VAGABUNDOS. SE GERA, SOU UM DELES. 


Se alguém tiver dúvidas eu posso desenhar ou apresentar uma lista de intelectuais de todas as cores políticas que bradam contra o Bolsa Família, mas recebem/ram valores mais generosos que os meus.

Fonte:  https://www.facebook.com/marcelo.andrade.399041. Marcelo Andrade. 07 de julho. Editado.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Relacionamentos: reflexão

Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
- Ah, terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo...
- Cinco anos.... que pena... acabou...
- é... não deu certo...

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos essa coisa completa.

Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.

Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.

E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.

Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.

Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não.

Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto.

Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?

O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós.

Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.

Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?

Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.

E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.

Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.

Na vida e no amor, não temos garantias.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar...

Enfim...quem disse que ser adulto é fácil ????


Referência: JABOR, Arnaldo.

terça-feira, 1 de julho de 2014

"Os povos do mundo são como flores diversificadas em um esplêndido jardim"

"Em resposta ao convite da presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, a Casa Universal de Justiça enviou uma carta ao governo brasileiro pelo início da Copa do Mundo. Dilma expressou sua certeza de que a mensagem contribuiria para o avanço dos valores humanos universais. A carta da presidenta à Casa de Justiça também ressaltou o desejo do governo brasileiro de usar a ocasião da Copa do Mundo para promover a causa da paz e combater todas as formas de discriminação racial. Líderes de outras religiões também foram convidados a enviar mensagens.

Os textos foram divulgados ontem pela Presidência e pedem, entre outras coisas, a paz mundial, o fim do racismo, além de salientar o fato de que o evento deve ser um instrumento para a promoção da igualdade entre os povos. Na carta enviada pela Casa Universal de Justiça, a Comunidade Bahá'í fala sobre a diversidade e a unidade da humanidade."

Íntegra da carta da Casa de Justiça:
 

A CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA
6 de junho de 2014
À Sua Excelência a Senhora Dilma Rousseff,
Presidenta da República Federativa do Brasil

Excelência,

Em resposta a seu gentil convite, com satisfação, enviamos a seguinte mensagem por ocasião da abertura da Copa do Mundo de 2014. 

Dirigimos nossas sinceras saudações ao povo do Brasil no momento em que acolhe em sua pátria os representantes de tantos países para celebrar a destreza desportiva. Poucos eventos abraçam um espectro tão amplo da humanidade, incluindo povos de várias etnias, religiões e culturas. Está claro para qualquer observador que o esporte que trouxe essas nações ao Brasil é fortalecido pela maravilhosa diversidade dos participantes. Alegrar-nos com esse fato é rejeitar o preconceito em todas as suas formas. De fato, nada é tão impactante nesse espetáculo extraordinário do futebol quanto a capacidade de refletir a cultura global que emergiu em nossa época. Ao reunir as nações em espírito de amizade, a Copa indica, de maneira marcante, que a cooperação e a união de esforços são possíveis em todas as áreas.

A humanidade está hoje unida em uma civilização global. À medida que o mundo avança em sua evolução orgânica, que ele reflita neste momento sobre as muitas qualidades admiravelmente encarnadas pelo povo brasileiro. O caminho da paz exige corações abertos, uma paixão pelo progresso, energia criativa sem limites, grande resiliência, uma força que surge da diversidade e mentes iluminadas pelo espírito da época e inspiradas pela busca da justiça. Os povos do mundo são como flores diversificadas em um esplêndido jardim. Há nação mais capaz do que o Brasil de demonstrar essa simples e essencial verdade? Nas cores vibrantes e mestiças dessa terra, o mundo pode imaginar suas próprias fantásticas possibilidades futuras. 

Uma competição esportiva, mesmo da escala da Copa, não deve ofuscar a severidade dos desafios que confrontam a humanidade. Contudo, nas próximas semanas, esperamos que espectadores em todos os lugares – em particular os jovens de todo o mundo – aprendam com os exemplos do trabalho em equipe, jogo limpo, coragem e firme empenho que certamente se observarão no torneio. Se Deus quiser, aspirarão a mostrar as mesmas qualidades em suas vidas, no serviço às suas comunidades, e na promoção da paz. Seja para eliminar qualquer traço de racismo e discriminação, seja para defender a igualdade de mulheres e homens, seja, ainda, para promover a justiça, são necessários os esforços de todos os membros da família humana. A mudança construtiva é possível em qualquer lugar. Homens, mulheres, jovens e crianças – todos têm uma contribuição essencial a dar.

Vislumbramos um tempo em que a rivalidade entre as nações se limitará sobretudo ao domínio do esporte, enquanto as interações globais serão caracterizadas por cooperação, reciprocidade e apoio mútuo. Suplicamos para que o presente momento resulte em honra para a grande nação brasileira como anfitriões e que o evento inspire não só uma camaradagem passageira, mas sim uma solidariedade duradoura entre todos aqueles que participarem e os incontáveis milhões de espectadores.

A Casa Universal de Justiça

Fonte:  
http://www.bahai.org.br/noticias/presidencia-divulga-carta-da-comunidade-bahai. http://www.brasil.gov.br/governo/2014/06/mensagens-de-lideres-religiosos-celebram-a-paz-na-copa-do-mundo-do-brasil.