terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Uso de dispositivos eletrônicos no espaço escolar

Novembro/2014
Especial Tecnologia | Edição 211

Ética também na máquina

É preciso estar atento ao uso dos equipamentos no espaço escolar, pois a promoção de crimes virtuais, como bullying ou racismo, pode implicar juridicamente a escola

Tânia Pescarini

O uso de dispositivos eletrônicos conectados à internet se tornou algo recorrente nas salas de aula, principalmente nas escolas particulares localizadas nas grandes cidades. Nessas instituições, a maioria dos alunos possui um tablet ou um smartphone e, não raro, essas ferramentas já são parte do material didático, uma vez que muitas adotam livros didáticos virtuais. Acontece que, da mesma forma em que circulam conteúdos pedagógicos por esses dispositivos, também podem circular mensagens com implicações jurídicas para a escola.

Pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) mostra que em cerca de 20% das instituições de ensino há acesso à internet em sala de aula. A advogada Cristina Sleiman é especialista em crimes digitais e coordena projetos de cidadania digital em algumas das principais escolas de São Paulo, como Porto Seguro e Bandeirantes. Segundo ela, muitos crimes digitais, como cyberbullying e sexting (quando alguém dispara uma imagem de conotação sexual de um adolescente, mesmo que a imagem tenha sido produzida pelo próprio jovem), são cometidos a partir de dispositivos móveis dos próprios alunos. Esses incidentes, segundo Cristina, “sempre repercutem dentro da escola. Não fazer nada a respeito pode ser considerado omissão”, explica.

Nota: O cyberbullying, uma das infrações mais recorrentes nas escolas, pode ser enquadrado em diversos crimes do Código Penal.

Fonte: < http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/211/artigo330269-1.asp>

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