Em 8 anos, o
Brasil reduziu os índices da evasão escolar provocada por fatores relacionados
à pobreza. A taxa de jovens de baixa renda, na faixa dos 19 anos, que deixaram
a escola sem concluir o ensino médio, caiu de 55%, em 2004, para 40%, em 2011 –
redução de 15 pontos percentuais. Esse é um dos resultados do estudo Acesso e Evasão na Educação Básica: as
perspectivas da população de baixa renda no Brasil, apresentado
nesta sexta-feira (11), pelo especialista em Políticas Públicas e Gestão
Governamental do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Armando
Simões, durante a Sexta com Debate.
O objetivo da
pesquisa é apontar indicadores que possam servir de base para elaboração de
políticas públicas voltadas ao aprimoramento do sistema educacional e à redução
da evasão escolar no país, principalmente entre a população de baixa renda. “A
pobreza é um dos fatores responsáveis pela evasão escolar e prejudica a
aprendizagem.”
Segundo ele,
outro resultado positivo, do ponto de vista da diminuição da evasão escolar em
consequência da redução da pobreza, é que o índice de jovens de baixa renda
entre 19 e 24 anos, que concluíram o ciclo do ensino básico, aumentou de 11%,
em 2001, para 32%, em 2012.
Em relação ao
ensino fundamental, o percentual de alunos com esse mesmo perfil que chegaram
até o final dessa etapa subiu de 23% para 58% no mesmo período. Esses dados
resultam do cruzamento de informações do MDS com as da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílio (Pnad).
Na avaliação de
Simões, as políticas sociais do governo federal para promover o acesso à escola
e reduzir a evasão escolar entre os mais pobres obtiveram resultados positivos.
No entanto, os desafios ainda são muitos. Para o pesquisador, estados e
municípios também têm um papel preponderante nesse processo.
De acordo com
ele, é preciso repensar a cultura educacional que impera nas escolas, baseada
em critérios de punição, como a reprovação escolar. “A repetência é uma das
maiores causas da evasão escolar e está comprovado que não traz nenhum ganho
para a aprendizagem”, avalia.
Alternativas – Na conclusão do estudo, Simões propõe que a reprovação escolar seja substituída por uma política voltada ao estímulo da autoestima e da capacidade dos alunos e das famílias. Além disso, é preciso identificar aqueles estudantes em risco de reprovação e criar mecanismos, como aulas de reforço e outros meios que reforcem e incentivem a aprendizagem.
“As escolas devem fomentar o potencial de todos os alunos, independentemente do estado de aprendizagem em que se encontram”, acrescenta. As escolas em turno integral e o aumento de creches – iniciativas que já fazem parte da agenda política do país – também contribuem para reduzir a evasão e estimular a permanência dos alunos na escola.
Alternativas – Na conclusão do estudo, Simões propõe que a reprovação escolar seja substituída por uma política voltada ao estímulo da autoestima e da capacidade dos alunos e das famílias. Além disso, é preciso identificar aqueles estudantes em risco de reprovação e criar mecanismos, como aulas de reforço e outros meios que reforcem e incentivem a aprendizagem.
“As escolas devem fomentar o potencial de todos os alunos, independentemente do estado de aprendizagem em que se encontram”, acrescenta. As escolas em turno integral e o aumento de creches – iniciativas que já fazem parte da agenda política do país – também contribuem para reduzir a evasão e estimular a permanência dos alunos na escola.
Fonte: Bolsa Família contribui para reduzir evasão escolar de jovens, aponta pesquisa. <http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/noticias/2014/abril/bolsa-familia-contribui-para-reduzir-evasao-escolar-de-jovens-aponta-pesquisa> Acesso em 21.04.2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário